sábado, 2 de abril de 2011

Um comentário a parte...

Hoje eu estava no ônibus, finalizando o volume II do livro A Revolta de Atlas - Ayn Rand, (RECOMENDO, excelente leitura), concentrada, quando uma senhora me chamou atenção. Ela era simples, carregava muitas sacolas, provavelmente brasileira e vestia uma manta parecida com aquelas vestes bolivianas por cima da saia e meu raciocínio se desviou...
Eu tenho uma visão (não madura), de que as pessoas devem receber sua remuneração pelo que elas produzem e pela excelência com que realizam seu trabalho, e me perguntei: Será que a essa altura da vida, ela não produziu bem? Será que ela não produziu o suficiente? Não realizou nenhum trabalho com perfeição? Não, não acredito nisso. Mas acredito que ela não tenha sido remunerada adequadamente para estar nesta situação. Entendo que não devemos julgar ninguém pela aparência, porém, as vezes, é difícil não prestarmos atenção em algumas pessoas ou situações, ou um olhar de sofrimento que vemos a frente. Não é dó, compreenda. São pessoas saudáveis, como eu, que podiam estar realizando tarefas e estarem sendo justamente pagas por elas.

O assistencialismo tem sido bem visto em nossa economia, pela maioria, seja pessoas da comunidade em geral quanto por especialistas. Talvez a curto prazo, tenha lógica e cause retorno, mas acredito que a longo prazo, não há solução, gera dependência, e isso é ruim.

Se essa senhora tivesse tido a oportunidade de se especializar no que ela sabe fazer de melhor (não importa se é a limpeza de um estabelecimento ou administração de uma empresa) e fosse reconhecida pelo seu trabalho, será que ela não teria uma vida presente melhor? Muito complexo. Mas eu precisava fazer esse desabafo.

Confuso tudo isso né?! Mas eu aprendo, que nem tudo é lógico quanto a matemática. A vida, tem muito mais variáveis do que a própria Economia pode calcular.

Pra você, o assistencialismo é a solução?

3 comentários:

  1. Assistencialismo não é solução.

    Tem questões morais que tocam nisso, mas como já foi visto em alguns estudos, o assistencialismo tende a elevar a pobreza e reduzir o grau de competitivade de quem vive dele.

    Além disso, por que algumas pessoas devem dar parte de sua produção para outros compulsoriamente a pretexto de assistencialismo?

    Caridade é uma virtude, fazer filantropia com dinheiro alheio Não.

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  2. Cara Bárbara,
    Parabéns pelo blog!
    Cheguei aqui pelo blog do Cristiano e desejo toda sorte do mundo para você.
    Sobre este post específico, tenho alguns pontos rápidos:
    1- O retorno dos investimentos em educação são muito altos. Ou seja, isto é um investimento com TIR bem alta. Este ainda pode ser massificado (universalisado) gerando uma sociedade mais justa, igualitária e próspera.
    2- Como este investimento não é implementado (por uma série de razões, inexistência de mercado de crédito, etc), este é um bom exemplo de como a coordenação social pode falhar. Mais ainda, é um bom exemplo de como a intervenção pública não necessariamente resolve este problema de coordenação (a vida é complicada, não é mesmo?).
    3- Por fim, programas de transferência de renda são comuns em países democráticos. São ainda maiores em países democráticos e desiguais (modelo do eleitor mediano). Porém, estes não implicam em queda de bem-estar social (ou não necessariamente). Por um lado, você pode ver a rede de proteção social pública fazendo papel de seguradora para toda a sociedade (este mercado privado não existiria). Ao mesmo tempo, pense estes programas em uma perspectiva de contratos, onde os agentes revelariam seu tipo ao buscar participar destes (um exemplo, você provavelmente nunca participará do bolsa-família, a quantidade de trabalho adicional juntamente com a renda adicional que você ganha trabalhando faz com que esta segunda hipótese seja preferível para você).
    Saudações,
    Claudio

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  3. Qual o seu conceito de assistencialismo??? e de prazo??? Todos os governos são voltados para o social, portanto assistencialistas por natureza, afinal as pessoas não são eternas e portanto novos ciclos são criados para a população que futuramente irá necessitar... Hoje são milhões no Brasil, com o desenvolvimento, em algumas décadas serão apenas milhares... E o assistencialismo irá continuar existindo apenas para aqueles que dele precisam... O objetivo de um bom governo que se preocupa com o social, é saber medir a hora adequada para cortar a assistência à partir do momento em que as pessoas não precisam mais dela para se desenvolverem... aí ele se encerra para aque indivíduo e nasce para outro... Posso dizer então que não existe prazo para o assistencialismo e sim o momento para que ele coexista à oferta de trabalho e educação!!! Amplie tua mente, não pense como uma economista moldada pela PIG... A vida é simples... as soluções são simples... o nosso melhor presidente foi um homem simples!!!

    Bryan Lapa

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